Sophie Narrando
Assim que o carro parou na frente do meu prédio, Ethan me puxou com aquele jeito possessivo e apaixonado que só ele tem. O beijo que ele me deu foi de tirar o fôlego. Tinha gosto de saudade, de promessa, de tudo o que a gente viveu e ainda vai viver.
— Posso ficar com você hoje? — ele perguntou, quase num sussurro, com os olhos suplicantes.
Sorri, acariciando seu rosto.
— Não hoje, Ethan. Amanhã a gente se vê.
Foi difícil dizer isso, porque tudo dentro de mim queria que ele subisse comigo, deitasse ao meu lado, e me abraçasse a noite inteira. Mas eu precisava de um tempo sozinha. Queria colocar a cabeça no lugar, respirar, digerir tudo.
Ele pareceu decepcionado, mas entendeu. Logo depois perguntou se eu podia voltar ao trabalho. Achei até engraçado.
— Posso. Mas grávida, sabe como é, Ninguém quer contratar. Tem gente que vê barriga e acha que não vou dar conta.
— A sua vaga ainda tá aberta. Sua mesa continua lá, te esperando — ele disse com aquela segurança que sempr