Flora Narrando
Entramos de mãos dadas na cafeteria, e eu não soltei o Evan nem por um segundo. Meus saltos ecoavam no piso com firmeza, minha postura era ereta, olhar direto. Eu não ia me esconder, nem demonstrar insegurança. Muito pelo contrário. A única coisa que transbordava de mim era poder e controle.
Letícia nos viu assim que cruzamos a porta. Ela tava sentada no canto, exatamente onde disse que estaria. Quando bateu o olho na gente, ficou visivelmente desconcertada. Mexeu no cabelo, desviou o olhar, abaixou a cabeça como se quisesse enfiar o rosto na bolsa. Mas a gente continuou andando em direção a ela, com a cabeça erguida. Sem hesitação.
Chegamos na frente da mesa. Evan foi o primeiro a falar, com a voz firme e educada.
— Boa tarde.
— Boa tarde — ela respondeu, tentando se recompor, mas o nervosismo era evidente. Os olhos dela iam de mim pra ele, e de volta pra mim, como se não soubesse o que fazer.
— Letícia, espero que você não se incomode, mas eu trouxe a minha noiva com