Leyla Ylmaz
Quando Ferman me soltou, por um instante pensei em afastá-lo, em reerguer a muralha que sempre mantive entre nós. Mas, em vez disso, fiz o que meu coração gritava há tempos. Segurei seu rosto entre as mãos e o beijei. Foi um beijo carregado de dor, desejo e todas as palavras que não consegui dizer antes.
Quando nos separamos, seus olhos brilharam com uma intensidade que quase me fez recuar, mas eu não podia perder o foco agora.
— Preciso ir até a sala da Eliza — disse, tentando recuperar o controle.
Ele levantou, mas não me impediu. Apenas assentiu, observando-me sair com o mesmo olhar que sempre me desarmava.
Ao entrar na sala de Eliza, ela levantou os olhos, surpresa, mas manteve sua habitual expressão desdenhosa. Fechei a porta atrás de mim e coloquei a pequena caixa sobre a mesa dela.
— Não se preocupe, não é uma bomba. — Minha voz saiu fria, mas controlada. — Eu não sou o tipo de pessoa que tenta assassinar inocentes. E esse bebê que está no seu ventre é um