Leyla Aksoy
Os dias seguintes foram um teste de paciência, mas também de fé. Ver Ferman tão vulnerável, dependente de máquinas e medicação, era um contraste com o homem confiante e teimoso que eu conhecia. Ele recuperava lentamente, cada dia uma pequena vitória.
— Sabes, Leyla,— disse ele numa manhã, enquanto os enfermeiros ajustavam a cama. — Não gosto de depender de ninguém.
Sentei-me ao lado dele, segurando a mão que já começava a recuperar a firmeza.
— E achas que eu gosto de depender de ti?— provoquei, tentando aliviar o ambiente. — Mas estamos juntos para tudo e por tudo.
Ele riu baixinho, mas os olhos dele estavam sérios.
— Me salvou, não foi?
— Os bombeiros que ajudaram.— Evitei o olhar dele, mas sabia que não conseguiria fugir por muito tempo.
— Não estou a falar dos bombeiros.— A voz dele era mais firme. — Eu te ouvi Leyla. Mesmo quando estava inconsciente. Eu sabia que estava lá.
As palavras dele fizeram-me engolir em seco. Não esperava que ele se le