No carro, Jane suspirou. — Wayne, antes de tudo, eu quero que saiba que eu não me oponho a nada. Nem mesmo se você quiser retomar a sua relação com aquela senhorita. Apenas me informe para que eu possa me preparar…! Wayne colocou o indicador nos lábios de Jane e se inclinou para ela, beijando-a suavemente. — Não vou me separar de você. Kassidy ficou no passado. A única coisa que pode me fazer ficar perto dela é a criança, e pela criança. Mas não quero nem mesmo amizade. Será apenas uma relação o menos turbulenta possível por conta do menino e nada mais. — Wayne a beijou de novo, dessa vez, mais profundamente. — Eu quero você, Jane. Ela mordeu os lábios. — Não quero problemas. Nem para mim e nem para você. — Não teremos. — Ele disse, sem dúvidas. — Peço que tenha um pouco de paciência, porque Kassidy é… complicada. Wayne não queria ter que tomar medidas mais drásticas, no entanto, se ele sentisse que Kassidy poderia prejudicar Jane, então, o cavalheirismo dele para com uma dama
O exame de DNA foi pedido e Wayne estava tirando o sangue. O menino sentou-se ao lado dele e Wayne notou como ele parecia ter medo de agulhas. — Vai ser só uma picadinha. — Wayne disse e o garoto o olhou. Nesse momento, Wayne franziu o cenho. Não havia nada no rosto da criança que o fizesse lembrar a si mesmo. Os Ryan tinham traços fortes e normalmente era impossível não saber quando faziam parte daquela família. No entanto, o menino não se parecia com ele e nem mesmo com Kassidy. — Mas vai doer. Uma picada ainda dói. — O garoto respondeu, com vergonha. — O que gosta de fazer, Luke? O garoto remexeu a boca, como se estivesse pensando. — Eu gosto de assistir cartoons. — Hmm… que tipo de cartoons? — Aqueles antigos. Não gosto tanto dos novos. — Antigos? — Wayne perguntou, levantando as sobrancelhas. — Como o quê?— Hmm… — o menino estava tão focado na conversa que não se deu conta de que a enfermeira tinha lhe furado o braço e já estava retirando-lhe o sangue. — Gosto de Tom e J
Jane pegou a caixa que Wayne lhe entregou minutos antes e a abriu. Lá dentro, um vestido bonito rosa claro descansava. Ela o pegou pelas alças finas e delicadas. Era um modelo sem desenhos, liso, de cetim, e Jane estava incerta se o modelo lhe cairia bem, agora que ela tinha perdido muito peso. Adrienne entrou no quarto, ajudando-a a preparar a maquiagem e a colocar um lenço bonito na cabeça, combinando com o vestido. — Você está linda! — Adrienne disse, depois que Jane saiu do closet, com o vestido já no corpo. O modelo ia até os joelhos, o que permitia a Jane usar uma sapatilha ou uma sandália baixa confortável, em vez de salto alto, algo que ela definitivamente não se sentia capaz, naquele momento. — Eu estou magra demais. — Jane choramingou, pensando em desistir de ir ao jantar. Adrienne notou e segurou-lhe os braços. — Eu não fico bem com nada! — Ei, ei… — Adrienne sabia que pacientes no estado de Jane eram mais sensíveis e era normal ela ficar insegura, ainda mais quando o
— Hey! — Eve reclamou ao ver um homem entrando na frente dela, na fila. Ele não se moveu e ela o cutucou nas costas, chamando-lhe a atenção. — Não pode fazer isso. Com licença! O homem se virou e, para Eve, parecia que o tempo se movia em câmera lenta. Por um segundo, ela ficou embasbacada com a visão: alto, olhos verdes, cabelos escuros perfeitamente penteados, traços que ela considerou muito harmoniosos, como uma estrela de Hollywood. Mas o encanto durou apenas até que ele abrisse a boca. — Por que está me cutucando? Qual o seu problema? — A frieza não só na voz, como no olhar, deixaram Eve com ainda mais raiva. O homem claramente era rico, pelo terno feito sob-medida, mas sem um pingo de educação!— Eu quem pergunto! O senhor furou a fila! — Ela olhou para trás, com uma das mãos na cintura, e viu que não tinha mais ninguém além dela. Ao se voltar para a frente, o homem já estava com as costas para ela. Eve ajeitou os óculos no rosto e o cutucou novamente. — O senhor ouviu? Ele
"Ele deve ser o pai da Rose, Archer Galloway!", ela pensou, já que aquele homem tinha os mesmos olhos do bebê que ela cuidaria de agora em diante. "Como eu não me dei conta disso antes?" Eve queria muito dizer uns bons desaforos para aquele homem, porém, se ele era mesmo o pai da criança, poderia demiti-la. E, naquele momento, Eve precisa muito de um emprego. Ela respirou fundo. — Eu sou Everleigh Johnson, senhor. — Ela lançou um sorriso caloroso para ele e ofereceu a mão, mas a carranca dele aumentou.— Está me seguindo, é isso? Como entrou aqui?! — Ele praticamente rosnou. — Quer saber? Eu vou chamar a polícia, agora mesmo! O sangue de Eve congelou nas veias. Polícia? Ela não podia ter problemas com a polícia! — Senhor, eu… Eu sou apenas a…Archer segurou ferozmente o braço de Eve, que choramingou. Ele afrouxou um pouco o aperto, mas não a soltou, arrastando-a para fora do quarto. Eles desceram as escadas e Shannon, que estava antes saltitando de felicidade, murchou assim que v
Eve deu um passo para trás e colocou a mão na cabeça da criança, como se a consolasse após ouvir aquelas palavras horríveis. “Esse homem não merece esse neném lindo!”, Eve ficou chorosa. Ela não compreendia como um pai podia falar daquele jeito. — O que você quer dizer com isso? — Shannon questionou. — Tem um apartamento. Roselyn vai ficar lá com a babá, eu as manterei com tudo o que for necessário. — Menos a sua presença. — Shannon parecia chorar. — Eu não posso, ok? Ainda não consigo digerir isso.— Se não saísse por aí com mulheres aleatórias, em vez de se casar de uma vez, isso não teria acontecido!”— Não vou discutir! — Archer falou e o som dele se afastando foi ouvido por Eve.Eve retornou para dentro do quarto e fez a criança dormir. Quando já estava para sair, Shannon estava na sala, esperando por ela. — Você nem jantou! — Ela disse. — Não tem problema. Vou comer em casa. — Eve respondeu e sorriu fraco. — Até amanhã, sra. Ballilis.— Eve… Eu tenho que te dizer uma cois
Archer se virou com calma. Ele não queria ter parado em loja nenhuma porque se alguém o reconhecesse… — Quem é você? — Ele perguntou, franzindo a testa. Aquela pessoa não lhe era estranha. O homem, de cabelos curtos e óculos, com uma barba cheia, sorriu, estendendo a mão. — Eu sou David Thomas! — Ele se apresentou e Archer inspirou fundo. Aquele era o "repórter perigo". O homem que sempre entregava os maiores furos das celebridades. "Mas que inferno!", Archer praguejou mentalmente. Ninguém sabia da existência de Rose. Ele não havia informado ao público, ainda mais que a mãe da criança havia simplesmente a abandonado na porta da casa dele e sumido! Eve se aproximou, Rose no colo e o bebê-conforto na outra mão. — Prontinho — Ela falou, esticando o cartão Black para Archer. — Quem é essa? — David perguntou, sorridente. — E que criança mais linda! — Não vê que é a filha deles? — A senhora idosa, que não havia se afastado, respondeu. Archer apertou os lábios, pensando que
— O senhor vai descontar do meu salário? — Ela perguntou calmamente. Archer pensou inicialmente que Eve estivesse se fazendo de boba, até perceber no olhar dela que não, ela realmente não havia compreendido a malícia nas palavras dele. Ele apenas engoliu em seco. — Vou.A expressão de Eve murchou e ela olhou para baixo, tristonha. — Eu compreendo. Perdão, novamente. — Eve disse, derrotada. Antes de Archer falar qualquer coisa, ouviu-se um barulho alto, um ronco. Eve, com o rosto vermelho de vergonha, levou a mão à barriga e olhou de esguelha para Archer.— Isso…— ele começou a perguntar. Eve se levantou rápido, o rosto queimando. — Isso daí foi a sua barriga roncando? — Archer perguntou e Eve o olhou, mas logo desviou o olhar. — Se está com fome, por que não vai comer? Ela apertou os lábios e se virou para Archer. — Eu comeria, mas não tem nada, aqui. O que tinha eu usei para alimentar Rose. — Ela inspirou fundo, enquanto Archer parecia não compreender o que ela falava. — Pr