Capítulo 88
Ayla
O silêncio no interior da van era cortado apenas pelo som abafado das correntes que prendiam Maxim. Ele estava amarrado, desamparado, e finalmente sob meu controle. O olhar de desdém e superioridade que ele sempre usava havia desaparecido, substituído por uma expressão de pânico. Ele sabia que sua vida estava em minhas mãos, mas ainda assim tentava manter a pose.
— Finalmente, Maxim. Quantos anos você passou achando que sairia impune de tudo o que fez? Quantas noites dormiu tranquilo, acreditando que nunca mais cruzaríamos o mesmo caminho?
Ele não respondeu, apenas me encarou com os olhos semicerrados, como se calculasse a melhor maneira de sair daquela situação. Patético.
Levantei-me do banco, aproximando-me devagar. O cheiro metálico do sangue no ar misturava-se ao suor frio que escorria por sua testa. Peguei um dos instrumentos na bancada improvisada da van — um pequeno bastão metálico, sólido o suficiente para fazer estragos, mas não o bastante para matá-