Capítulo 218
Yuri
Eu não aguentei esperar.
Alexei queria que o encontro fosse às oito. Como se eu tivesse paciência para perder mais uma hora esperando. Como se eu fosse sentar e fingir que tudo estava bem, sabendo que o homem que sempre vi como um pai agora estava tentando me matar.
Então marquei para as sete.
O café que herdei de Vladislav fechou mais cedo. Mandei os funcionários para casa, mantendo apenas o confeiteiro de confiança nos fundos. Levei dois soldados comigo, mas os obriguei a esperar do lado de fora. Não queria ninguém perto o suficiente para interferir.
Sentei na cadeira da mesa do canto, de onde podia ver a porta e cada reflexo na vitrine de vidro. Pedi um café, mas não bebi. O líquido escuro esfriava lentamente diante de mim, assim como minhas mãos, que estavam geladas.
Não de medo, de raiva.
A raiva que pulsava sob minha pele como eletricidade prestes a se soltar. Meus ombros estavam rígidos. Minha mandíbula, travada.
Cada minuto