Sarah.
— Nós merecemos o seu desprezo, mas queremos o seu perdão. A culpa nos mata a cada dia e saber o quanto falhamos com você, com vocês... — minha mãe olhou para minha filha — nos atormenta todas as noites.
— Mãe, pai...
— Nos perdoe, filha, por favor. — Meu pai abriu os braços querendo um abraço e eu os olhei de longe. Era difícil para mim, pois eu sofria todas as noites por sua rejeição.
Era uma luta interna, porque eu os amava, mas a mágoa era enorme, dói na alma o que me fizeram. Suas palavras naquele dia, o modo como me trataram, insinuar que eu era uma vagabunda, chamar minha filha de bastarda, eram coisas demais para perdoar do dia para a noite.
Nada explicava ou amenizava o que me fizeram. Nada!
— Você não consegue nos perdoar — ele falou, derrotado. Seus braços caíram ao lado do corpo e mais lágrimas caíram por seu rosto. — Eu entendo e não fico com raiva de você por isso. Nós fizemos por onde nossa relação acabar assim. Nós fizemos com que nos odiasse.
Coloquei minha filh