«Porque me fazes isto?» Lhe perguntou e as lágrimas já se lhe haviam escapado.

«Para que infartes e herdar o teu dinheiro?» Lhe respondeu com apenas um sorriso.

Deanna abriu grande os braços e ele se despegou da parede de maneira automática. Caminhou até que ela pôde o abraçar e aí, a sentir de novo, a sentir cálida e a respirar; Daniel por fim pôde liberar todo o medo. Não havia chorado assim desde que se despediu de Emily pela última vez; só com ela no quarto de um hospital, sem o som das máquinas.

«Estamos bem…» Lhe sussurrou ao ouvido.

Mas ele tinha a cara escondida no seu pescoço, a mão sobre a sua barriga e uma desesperação que o estava a deixar sem ar. Chorava de alívio, mas também de medo e de impotência. Assim, como uma brisa, alguém pôde ter lhe arrebatado tudo num segundo e ele não tivesse podido fazer nada.

Deanna lhe beijou a parte da cara que alcançou e sentiu como lhe tremia o corpo e mais se aferrou.

«Olha-me, Daniel… Olha-me, estamos bem… Estamos aqui, não vou te deix