Os dias passavam para Daniel como num letargo, eram intermináveis. Por momentos tinha episódios de desespero e atirava coisas contra a parede, enraivecido porque Deanna o tinha deixado e, por momentos, desatava a chorar como uma criança pelo mesmo motivo. Ia enlouquecer.
Voltou a meio viver no seu escritório na empresa, custava-lhe enfrentar os olhares acusadores dos seus filhos e a tristeza de Jonathan. O pequeno parecia um fantasma pela casa, dava voltas sem rumo ou fechava-se no seu quarto, já nem sequer usava o seu reprodutor para escutar música. Não conseguia vê-lo, não conseguia encarar, porque nem ele mesmo conseguia sair do seu estado de angústia.
Que apoio podia dar aos seus filhos se ele mesmo estava um desastre? Quando a sua esposa tinha morrido, Daniel passou quase três meses intermitentes entre o escritório e a casa. Camila e Susan se encarregavam dos seus filhos quando ele se perdia dentro da sua tristeza, mas de algum lugar tirou as forças para seguir em frente. Os seus