Timothy
No fim eu não sai da clínica com um osso quebrado ou um olho roxo, mas valido a ameaça de ser morto e esquartejado.
Isabella está feliz, por ter estado com o pai, e por ele depois de muito custo não se opor ao nosso relacionamento.
— Me desculpe — ela diz se virando para mim.
— Por que exatamente está se desculpando? — pergunto, diminuindo a velocidade.
— Meu pai foi muito rude — responde.
— Eu o entendo, ele é seu pai. Acredito que se eu tivesse uma filha faria o mesmo — digo, sem entender muito bem o porquê de tal comparação.
Ela dá uma risadinha.
Samuel não é um pai ruim, a perca da esposa o tirou dos trilhos e ele se perdeu. Até onde descobri ele era um bom policial.
Eu sei o que é perder alguém se ama. Eu sei o quanto dói.
Samuel é melhor do que meu pai um dia foi.
Sinto um aperto no peito ao pensar em como Isabella reagiria ao saber o monstro que foi o meu pai.
Não quero guardar nenhum segredo dela, não quero que ela descubra e vá embora pensando que sou como ele.
— Samu