POV DAVID
- O senhor precisa descansar, senhor Dulevsky. E isto inclui não fazer esforço físico. – O médico foi enfático.
Suspirei, decepcionado. Afinal, já tinha planejado fazer amor com Maria Eduarda na minha cama, na dela, na poltrona...
- Entendeu, senhor Dulevsky? – O doutor ficou me olhando, esperando pela resposta, certamente temendo que eu não obedecesse.
- Entendi... – Concordei, a contragosto.
O médico saiu e Maria Eduarda me fitou:
- Você é louco, por acaso?
- Por você, sim.
Ela meneou a cabeça, confusa, parecendo que iria me xingar, mas acabou mudando de ideia. Sorriu e veio na minha direção, dando um beijo na minha bochecha:
- Eu não sei se acho o seu jeito fofo ou se tenho vontade de matá-lo quando me faz passar vergonha.
- Quem mata aqui sou eu... Esqueceu? E sei muito bem