Marcelo.
— Marcelo! — Natali exclamou, abraçando-me com força.
Isso me encheu de amor e ternura. Nós a amávamos demais.
— Oi, minha bruxinha! — Eu ri, apertando-a de volta.
Sorrimos. Seus olhos brilhavam de felicidade, e o aroma doce de melancia do seu perfume infantil preenchia o ar.
Natali era a luz de nossas vidas e agora, tendo-a em minha frente, em meus braços, dei-me conta do quanto eu sentia sua falta. Por mais que não morasse mais com os meus pais, eu vinha aqui quase todos os dias, almoçava, tomava café e jantava todos os finais de semana, então nós estávamos sempre juntos, coisa que não aconteceu nas últimas semanas. Eu mergulhei em Thalia de cabeça e esqueci do resto.
A coloquei no chão. Minha mãe havia ido até meu pai, que estava mais afastado, conversando com uns amigos.
— Estava com saudade. Você está linda, meu amor.
— Você também está bonito. Está diferente. — Colocou a mão no queixo e estreitou os olhos, me analisando. Sua postura parecia de um detetive em busca de alg