Marcelo.
— Não... Não estou namorando, mãe. Minha mudança deve ser devido ao excesso de trabalho.
Minha tia estreitou os olhos, mas não falou mais a respeito.
— Deve ser isso mesmo. Talvez seja minha vontade de ver meus meninos casados e nossa casa cheia de crianças. — Ela dizia que éramos, eu e meu irmão, seus filhos de outra mãe. — Já desisti de casar, minha filha.
— Mãe! — Catarina reclamou, mas sua mãe só resmungou que ela não queria casar e lhe dar netos, mas viver de farra e pegação.
Ri, porque era verdade. Catarina só havia amado um homem em sua vida e desistiu do amor após o perder em um acidente de carro. Era seu namorado de juventude, o conhecia desde que nascera, mas só começaram a ter algo quando fiz quinze anos e foram estudar juntos. Eles namoraram por dois anos.
Rafael de Barros Alencar era filho do melhor amigo do meu pai e cresceu conosco. Morávamos no mesmo condomínio e vivemos juntos até o dia de sua morte, que aconteceu seis meses após terminar o segundo grau. Catar