Marcelo.
Peguei a bolsa da Thalia e coloquei no ombro. Um enfermeiro a ajudou a sentar na cadeira de rodas, e eu lhe agradeci com um aceno de cabeça. Meu irmão, Mateus, estava encostado na porta, observando-nos com um leve sorriso no rosto.
A doutora Andreia havia liberado a alta da Thalia, mas só depois que prometemos voltar naquela mesma semana para uma nova bateria de exames. Além disso, ela insistiu que Thalia seguisse à risca a prescrição médica, o que me deixou ainda mais atento. Como era domingo, Vivian havia ido ao apartamento de Thalia para deixar tudo preparado para sua chegada.
— Pronta para ir? — Mateus perguntou, seu tom leve.
Thalia retribuiu com um sorriso, ainda que cansado, e respondeu:
— Estava ansiosa por isso. Odeio hospital.
Eu entendia bem. Também odiava hospitais. Para muitos, eram lugares de tristeza, perdas e memórias dolorosas. Sabia o quanto Thalia havia sofrido com a doença da mãe e como sua última lembrança dela era em uma cama de hospital. Ainda assim, Ma