Marcelo.
Bufei, irritado com absolutamente nada e tudo ao mesmo tempo. O som do relógio parecia alto demais para suportar. As paredes me sufocavam e meu corpo suava sem trégua. Horas haviam se passado desde que Thalia fora levada e nada de importante havia sido encontrado. Ainda não tínhamos descoberto quem a havia levado e o tempo não parava de correr.
— Não aguento mais. — Levei a mão ao pescoço, me sentindo sufocar, meu peito doía e o medo me deixa impotente.
— Calma, nós vamos achá-la. — O delegado Valdez me assegurou.
— Não quero estar calmo, delegado, quero achar minha mulher. Ela está grávida e nas mãos de sei lá quem que pode estar machucando-a nesse exato momento.
— Filho... — meu pai foi interrompido quando meu celular começou a tocar.
— Número restrito. — Avisei em tom alto, ao pegar o celular e olhar o visor.
— Pode ser o sequestrador, atenda. — O delegado pediu e um dos policiais especializados em sequestros começou a gravar a chamada.
— Olá, Marcelo Vilard, lembra de mim