Marcelo.
— Marcelo, irmão, você está acordando — diz Mateus, com sua voz empolgada, embora embargada pela emoção.
— Você nos assustou pra valer, cara. Estamos tão felizes que você está bem. — Segue falando, as palavras saem atropeladas de sua boca e vejo que luta para conter as lágrimas.
Eu tento falar, mas minha voz sai fraca e rouca. Minha boca está seca, a garganta queima e arranha. Sinto como se estivesse lutando para me manter consciente. Meu irmão me oferece um gole d'água, e eu bebo avidamente, sentindo o líquido frio descer por minha garganta. Ele pede que tome em pequenos goles, mas quero muito me livrar da queimação em minhas cordas vocais.
— Como está a Thalia? — Forço minha voz a sair e verbalizo a pergunta que ressoa em minha mente desde que voltei à consciência.
Preciso ter certeza de que ela está bem, que nada lhe aconteceu. Thalia estava comigo na hora do acidente. Eu me lembro vagamente de sua voz gritando por mim, de suas lágrimas e palavras de amor e conforto. De se