Lia Perroni
Eu corri para fora do escritório e fui para a cozinha, onde estava Esmel com Luz. Eu sabia que Marcelo não faria nada comigo na presença da nossa filha.
— O que houve, mamãe? — Esmel perguntou, notando o olhar desesperado no meu rosto.
Eu sorri, ainda um pouco abatida.
— Nada, querida. Só estava conversando com seu pai sobre alguns assuntos — eu disse, tentando manter a calma.
Nesse momento, o grito de Marcelo interrompeu a cozinha. Ele estava gritando por mim, e pelo tom, ele estava furioso.
— Sua vadia! — Marcelo disse, entrando na cozinha. Ele marchou até mim e me deu um tapa no rosto.
Com o tapa, eu caí no chão. Esmel gritou assustada, e o meu lábio começou a sangrar. Esmel desmaiou, e só nesse instante Marcelo percebeu a presença da nossa filha.
Luz, que viu toda a cena, correu para socorrer Esmel.
— Não toque na minha filha! — Marcelo disse, empurrando Luz e pegando Esmel no colo.
Eu me levantei do chão e corri para o lado da minha filha, preocupada.
— Olha o que vo