Lia Perroni
O tempo que fiquei no escritório da Dra. Silva foi o suficiente para que o tempo passasse rapidamente. Agora são dez e cinquenta. Meu celular toca, e eu vejo o nome de Marcelo na tela. Eu sinto um arrepio na espinha ao atender a ligação.
— Aonde você está? — é a primeira coisa que ele fala, com uma voz autoritária e desconfiada.
Eu respiro fundo e tento manter a calma.
— Estou no centro, te encontro em frente à escola de Esmel — eu digo, tentando soar natural e despreocupada.
Marcelo pausa por um momento antes de responder.
— Está bem, mas não se atrase — ele diz, com uma ameaça velada na voz.
Eu sinto um frio na espinha ao ouvir as palavras de Marcelo. Eu sei que ele está desconfiado e que eu preciso ter cuidado. Eu respiro fundo e tento me acalmar.
— Não me atrasarei — eu digo, tentando soar confiante.
Marcelo desliga a ligação sem dizer mais nada. Eu fico olhando para o celular, sentindo-me ansiosa e preocupada. Eu sei que o encontro com Marcelo não será fácil.
Pego um