Capítulo 59
Ele voltou para dentro do apartamento, com o copo nas mãos, e foi explorando cada cômodo enquanto bebia o uísque em pequenos goles. Dois quartos com suíte, um lavabo discreto, uma cozinha ampla conectada à sala de jantar e uma área de serviço impecável. As janelas da sala se abriam para um deck espaçoso, onde a piscina se misturava à vegetação densa, como se aquele pedaço de natureza fosse o único resquício de vida em meio ao concreto.
Depois de caminhar por todo o lugar, sentou-se no enorme sofá branco, sentindo o gosto amargo da solidão descer pela garganta junto com o álcool.
Suspirou alto e colocou o copo na mesinha ao lado.
— Vai me dizer que ainda quer a migalha de amor que ela pode te oferecer, Leon? — murmurou com raiva, encarando o nada com os olhos avermelhados. — Como você é patético! O certo seria cada um seguir seu caminho. Lorraine é passado... e, ainda assim, foi estranho deixar de gostar dela e me apegar tanto ao falso amor da Ísis. Não sei qual das duas é