O dia estava ensolarado, e, assim que as crianças chegaram, o ambiente encheu-se com a mistura de risadas e passos apressados. Ethan correu até mim com um desenho na mão. Ele mal conseguia conter sua empolgação.
— Tia Jujubinha, olha só o que eu fiz! É a nave espacial da missão de ontem!
— Está incrível, Ethan! — Respondi, admirando as cores e os detalhes que ele tinha colocado no desenho. — Acho que você tem um futuro brilhante como artista.
Antes que eu pudesse falar mais, Violett entrou no salão, com a mesma postura confiante e aquele ar de “não estou impressionada com nada”. Ela olhou para o desenho de Ethan, arqueou uma sobrancelha e disparou:
— Isso aí é uma nave espacial? Parece mais uma torradeira com asas.
Ethan revirou os olhos e resmungou:
— Lá vem a Violett com os comentários dela…
As outras crianças, acostumadas com as piadinhas de Violett, trocaram olhares e deram risadinhas. Eu sabia que ela não dizia aquilo para magoar, mas sim para manter a pose de durona