Nicolas Santorini
Sabia que o momento estava se desenrolando de uma forma que poderia ir para qualquer direção. A piscina iluminada pela luz suave da noite criava uma atmosfera íntima, quase mágica. A água, sempre meu refúgio, parecia mais quente naquela noite, como se absorvesse a tensão entre mim e Jhulietta. Ela estava tão perto que eu podia ouvir sua respiração ligeiramente acelerada. Seus olhos se fixavam nos meus, brilhando com uma mistura de desejo e hesitação.
A proximidade dela despertava algo dentro de mim, era como se um ímã invisível nos atraísse, apesar de todos os conflitos que carregávamos.
— Está nervosa? — perguntei, quebrando o silêncio. Minha voz era baixa, quase um sussurro, carregada de provocação.
Ela riu, mas era um riso nervoso. Desviou o olhar, tentando esconder o que estava estampado em seu rosto.
— Não... Claro que não. — A mentira era evidente, e o tremor em suas mãos denunciava seu nervosismo.
— Então por que não consegue nem me olhar nos olhos? — Insist