Jhulietta Duarte
Saí da casa de Renata com um nó na garganta e a cabeça a mil. O vento frio da rua bateu no meu rosto, mas não foi suficiente para afastar o turbilhão de pensamentos que me invadia. Renata estava grávida. De Eduardo. E eu não sabia o que era pior: o fato de que ela mal conhecia o cara ou o fato de que ele era o Eduardo, um homem que não se comprometia com nada.
Manolo estava encostado no carro, como sempre, discreto e atento. Ao me ver, ele abriu a porta do passageiro sem dizer uma palavra. Entrei e soltei um suspiro pesado, tentando me recompor. Ele me olhou pelo retrovisor, a preocupação estampada no rosto.
— Pra onde, Jhulietta? — perguntou, com aquele tom respeitoso de sempre.
— Para o curso do Ethan, por favor, Manolo. Preciso buscá-lo. — Minha voz saiu baixa, quase sussurrada.
Ele assentiu e deu a partida. Enquanto o carro se movia, eu tentei focar na paisagem que passava rapidamente pela janela, mas meus pensamentos insistiam em voltar para Renata e aqu