Renata Souza
Andava de um lado para o outro na sala, incapaz de me acalmar. Meu coração parecia querer escapar do peito, tamanha era a intensidade com que batia. As imagens dos três testes de gravidez não saíam da minha cabeça. Três. E todos com o mesmo resultado. Positivo.
Meus olhos se voltaram para o celular sobre a mesa. Eu precisava falar com alguém. Precisava desabafar antes que enlouquecesse de ansiedade. Não havia ninguém melhor para isso do que Jhulietta. Ela sempre sabia o que fazer, sempre tinha as palavras certas. E eu confiava nela como uma irmã.
Peguei o telefone com as mãos trêmulas e disquei seu número. A cada toque que soava, meu coração pulava uma batida. Quando finalmente atendeu, sua voz suave e animada trouxe um breve alívio à minha angústia:
— Oi, Rê! Tudo bem?
— Jhu... — minha voz falhou e precisei respirar fundo antes de continuar. — Você pode vir aqui em casa? Eu... eu preciso falar com você.
A preocupação em seu tom foi imediata:
— Claro! Acontec