Diogo Lima
A fumaça do meu cigarro subia lentamente enquanto eu observava o jogo de sinuca acontecendo à minha frente. O bar estava meio escuro, com um cheiro de bebida misturado ao suor dos caras que riam alto e faziam apostas. Não estava exatamente me divertindo, mas também não tinha outro lugar para estar. Meus negócios estavam indo bem, e isso era tudo que importava.
— Ei, Diogo — um dos caras me chamou, segurando um celular na mão. Ele tinha um sorriso sacana no rosto. — Não é tua filha, não?
Franzi a testa e peguei o aparelho. Quando meus olhos bateram na tela, senti meu sangue gelar por um instante.
Era ela.
Minha filha.
E ao lado dela, um sujeito, um riquinho bem vestido, daqueles que exalam dinheiro e poder. Meus olhos correram rapidamente para a legenda da matéria. Uma única palavra chamou minha atenção.
BILIONÁRIO.
Soltei uma risada baixa, sem humor.
— Então é assim, hein, minha querida? Arranjou um bom peixe.
— Parece que agora ela tem grana, hein? — um dos caras comentou,