Maeve
As semanas seguintes foram um respiro de alívio. Clara estava ocupada com a instituição, e Ricardo e eu finalmente podíamos viver sem a sombra do contrato. Hoje, ele me convidou para jantar fora, e o convite veio acompanhado daquele sorriso que fazia meu coração disparar.
Estávamos no restaurante mais charmoso da cidade, iluminado por velas. A noite tinha um ar especial, como se algo importante estivesse prestes a acontecer.
Ricardo esticou a mão por cima da mesa, entrelaçando os dedos nos meus.
— Como está se sentindo? — ele perguntou, os olhos claros brilhando sob a luz suave.
— Melhor do que em muito tempo. — Sorri, apertando sua mão. — Acho que nunca imaginei que estaríamos assim.
Ele riu, o som rouco e baixo que eu aprendi a amar.
— Eu também não.
Ficamos um momento em silêncio, apenas nos olhando. Era como se o tempo parasse. A simplicidade de estar com ele, sem preocupações, me aquecia mais do que eu podia explicar.
— Maeve — ele começou, a voz mais séria agora. — Precisa