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Vicente François
⤝⥈⤞
Morta.
Olhando congelado e parado diante da TV, por trás do policial que dava entrevista passava o saco preto fechado. Um filme se formou em minha cabeça com cenas sensíveis demais para mim. Lisa Mary veio me abraçar e eu não consegui, sequer, encostar nela.
Foi no impulso.
Sacudi os braços e me distanciei em silêncio. De cenho franzido e coração pesado, eu deixei aquele quarto ignorando que ela estava ali. No lado de fora do cômodo, enfiei a mão no bolso e puxei o celular, no mesmo instante, liguei para o detetive Paranhos.
Descia os degraus da escada, segurando no corrimão. O choque ainda tomava conta das fibras do meu corpo e eu não sentia os pés no chão.
—Senhor F…
—Não, sem formalidades. Eu preciso que você me dê algo concreto antes que o próximo criminoso seja eu! Entendeu? Eu preciso que você me dê provas de que foi ela. Eu quero alguma coisa… —Minha voz falhou, entregando o choro. —Foi ela, eu sei que foi ela! Eu preciso de provas. Pelo amor de