Cyrus

O motor do Rolls Royce ronronava suave, quase imperceptível diante do silêncio tenso que envolvia a floresta envolta em névoa densa. Senti o vibrar da carroceria em cada batida do meu pulso, como se o automóvel estivesse comandado por meus desejos. François estava ao volante, os dedos longos e firmes segurando a direção como se manobrasse um navio em mar revolto.

Eu estava ao lado dele, observando o reflexo da mata noturna nos vidros blindados. A barreira que protegia Northshore ficava atrás de nós, invisível mas palpável, um campo de energia denso que nós havíamos erguido em incontáveis noites de encantamentos antigos.

Agora, avançávamos rumo a Kenner para investigar um problema inquietante. A produção de B3 vinha sendo adulterada ou corrompida, ameaçando o abastecimento de alimento para os vampiros, e consequentemente, a segurança de todo o reino vampírico.

A atmosfera era de tensão, o ar noturno trazia o odor de relva úmida, de terra fria, de folhas que murmuravam segredos a