Cyrus
Não era um momento divertido, mas não poderia evitar o sorriso que surgiu em meus lábios.
Me coloquei atrás dela em menos de um segundo, observando seus movimentos frágeis e vacilantes enquanto abaixava as mangas do vestido. Sem que ela percebesse, desatei o nó de seu corpete e esperei que o amontoado de tecido deslizasse por seu corpo magro.
Sua pele era uma mapa dividido em uma infinidade de cicatrizes, marcas mais recentes e feridas não saradas. Os ossos de suas costelas se projetavam para fora, cotovelos, escapula e coluna espinhal; todos eles evidentes como os galhos secos de uma árvore.
Essa loba vivia como uma escrava e não como uma empregada.
Olhei para suas pernas que tremiam violentamente, fazendo a lingerie farfalhar em sua pele. O cheiro de seu medo era intenso e vibrante.
Os lobos eram uma raça forte com um grande poder curativo. Mas Ravena, além de não ter cheiro, não se curava. Ela estava oscilando entre a vida e a morte há muito tempo.
Em séculos de existênci