Mercedes
A manhã ainda estava fresca quando saí do castelo com Ravena. O vento batia suave contra meu rosto, trazendo o perfume das flores que nasciam ao redor das muralhas de Northshore.
Ravena estava estranhamente falante, seus olhos dançavam com aquele brilho novo, esfuziante, como se agora fosse mais que uma lupina, mais que fêmea... como se a profecia já pulsasse dentro dela. E talvez estivesse mesmo.
— Dois — murmurei, segurando minhas mãos sobre o ventre ainda liso. Minhas runas brilhavam em azul quando a magia percorreu minhas veias. — Eu sinto dois filhotes. E são fortes, magestade. Como nunca vi.
Ela sorriu, surpresa e orgulhosa. Havia um quê de reverência naquele sorriso, como se o universo finalmente a reconhecesse como rainha e mãe do novo tempo. Ravena não se parecia em nada com aquela criatura quebrada e destruída que chegou. A escrava sexual de um beta cruel, e objeto dos demais lobos.
Agora ela irradiava força, e...poder. Ela era a verdadeira rainha de uma raça que