ATENÇÃO!!! ESTE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS!!!
Me levantei segurando na parede de terra, eu não conseguia enxergar direito porque fiquei muito tempo no escuro. O lobo jogou um pano para mim. Cobri minha nudez, e deixei que ele me tirasse do buraco.
Decomposição de carne, infecções, sangue seco, tecidos e ossos sendo devorados por parasitas. O meu odor era tão nauseante, que o lobo tossiu praguejando quando chegamos à superfície.
Ele puxou a corda que estava amarrada em meu pescoço, me levando para um rio.
- Minha deusa, eu nunca senti um cheiro tão podre como esse! – ele tossiu mais uma vez. – Parece até que estou carregando um cadáver. – ele me jogou no leito do rio. - Limpe essa sujeira, se chegar ao acampamento assim, todos vão vomitar.
Entrei na água fria batendo o queixo. Fiz o que ele mandou sem dizer nada. Faz muito tempo que não tenho nada a dizer. Tirei o máximo de parasitas das feridas, e aquela coceira e ardência diminuíram um pouco. Meu cabelo está cheio de sangue empapado