Charles Finningan
— Outra surpresa para sua namorada? — O porteiro logo abre o portão.
— Na verdade, só fui comprar algo que estamos precisando, boa noite. — O cara sorri descaradamente, por provavelmente estar imaginando coisas. Ignoro a inconveniência, entro no elevador que, por sorte, está no andar, rapidamente estou no seu andar e ansioso bato à porta.
— Charles. — Não deixo espaço para palavras ou pensamentos. Rapidamente agarro sua cintura fina, levanto-a na minha altura, ela cruza as pernas em minha cintura, fecho a porta com um chute e beijo novamente sua boca que logo se abre desejosa. Encontro sua língua receptiva. Inclinamos nossos rostos em direções opostas para um encaixe perfeito e suas mãos puxam meu cabelo. Porra, é o beijo perfeito! Acaricio suas costas, aperto seu quadril, ela geme na minha boca, discretamente roça me provocando e deixando-me mais duro e desejoso. Paramos o beijo um pouco para respirar, enquanto continuo acariciando suas coxas e alcanço sua bunda. Lina j**a seu corpo para trás gemendo, me dando uma visão de seus seios durinhos e levemente maiores por causa da sua excitação e a única certeza que tenho é que eu preciso ter esta mulher.
— Onde você guarda as camisinhas? — Percebo que ela fica um pouco tensa e suas bochechas coram.
— Finningan, você é muito apressado. Não tenho camisinhas em casa. — Assusto-me com sua declaração, ela acha que sou apressado? Tenho vinte e cinco anos e não tenho filho. Qual é o seu problema, morena? Divirto-me com meu pensamento.
— Jura que sou? — Ela acaricia meu rosto, seu toque macio é viciante.
— Demais, dois beijos e já quer me levar para a cama, Finningan? Já considero muita evolução estar aberta e presa em seu quadril enquanto suas mãos me acariciam. Sem falar que você é meu chefe. — Fico ainda mais assustado, Deus! Será que ela traumatizou depois do filho e ficou difícil? Penso seriamente nessa hipótese.
— Quantos beijos antes, Lina, já que estamos apenas no segundo? — Ela descruza as pernas, coloco-a em pé e ouço sua resposta que me deixa sem rumo:
— Não sei, de verdade não sei. — Olha em direção à cozinha. — Quer comer alguma coisa? — Muda de assunto e eu faço a proposta:
— Vamos descobrir quantos beijos são necessários? — Percebo que ela fica um pouco impaciente.
— Podemos ir com calma? Eu realmente não sei e eu acho que as coisas não acontecem assim de uma hora para outra. — Puta merda! Como vou aguentar isso?
— Podemos. — Lina me beija no rosto.
— Vou pegar um lanche para nós dois. — Ela se retira e eu fico sem entender o que se passa. Que porra esta mulher tem, que acaba de conseguir uma negociação comigo? Sento-me no sofá, instantes depois ela vem com dois copos de suco, alguns sequilhos e começamos a comer para tentar conter todo desejo.
— Por que voltou, Charles? — Ela me olha tentando decifrar todas as minhas reações. Para esta pergunta, decido ser sincero.
— Simplesmente não consegui ficar sem sentir seu sabor novamente. — Seus olhos brilham.
— E por qual motivo foi embora? — Então decido omitir algumas verdades.
— Seu filho chegou, achei inapropriado ficar, apenas isso. — Parece pensativa. — Vamos jantar amanhã à noite? Depois podemos sair para dançar, umas nove da noite fica bom? — Mudo de assunto.
— Eu aceito a sua proposta. — Ótimo, de amanhã não passa!
— Quem sabe aumentamos a quantidade de beijos até que eu possa te ter por completo. — Lina fica com a pele corada.
— Podemos começar aumentando agora, Charles. — Porra! Ela me surpreende.
— Não vou resistir assim, morena. — Senta-se de lado em meu colo, cruza as pernas e roça os lábios nos meus.
— Vai sim, sei que nunca me forçaria a nada. — Ela sabe em que campo está caminhando.
— Tenha certeza. — Angelina me abraça com um misto de timidez e desejo.
— Seus olhos são lindos, Charles. — Então percebo, ela é muito romântica, deve ter caído na lábia de um desgraçado qualquer e engravidou.
— Os seus são mais, parecem pedras preciosas, não consegui esquecer. — Confesso a minha verdade e nos beijamos, muito. E após chegar no meu limite de ficar só nos beijos viciantes e carícias demasiadamente comportadas para mim, decido parar.
— Lina, não vou aguentar ficar só nessa situação, você é linda e gostosa demais. — Angelina se inclina como se estivesse fugindo da minha visão e beija meu pescoço.
— Na verdade, nem eu, mas acho recente, nem nos conhecemos direito. — Ouço uma risada gostosa.
— Logo vamos nos conhecer melhor, sou seu chefe, esqueceu? — Ela me diz que não tem como e nos despedimos. Sigo para casa duro, em chamas e, apesar da frustração sexual, estou extremamente feliz. Esse jogo de Angelina colocar um pouco de dificuldade pode ser bom, algo novo para mim, e eu aprovo.