Angelina Mendes
O motorista acelera e ri à toa, Mary aperta a minha mão como se fosse o último fio de esperança que resta, coloco meu cinto de segurança e peço para que ela faça o mesmo, passamos por dois hospitais e o motorista não para, minhas suspeitas que estamos sendo levadas para algum lugar bem sombrio se confirmam cada vez mais. Mary continua chorando silenciosamente enquanto tento conter toda emoção que poderia ter no momento.
— Sabe esses brincos que vocês usam? Eles vão mudar a minha vida. O colar da loira vai me dar uma bela aposentadoria, em pensar que estava reclamando da vida hoje pela manhã. – Lágrimas escorrem em minha face.
— Por favor, nos deixe em um lugar seguro, vamos te entregar todas as nossas joias, não nos machuque. – Ele gargalha mais uma vez bem alto e finalmente se comunica.
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