Vitória estava inquieta nos últimos dias. Sempre que saía, tinha a sensação de estar sendo seguida. O desconforto era constante, e mesmo dentro da casa de Olavo, onde deveria se sentir seguro, ela não conseguia relaxar. Algo estava errado.
Pela manhã, enquanto Olavo preparava o café, Vitória ficou parada na sala, segurando o celular, decidida. Ela discou o número de Madre Tereza, a freira que havia sido seu porto seguro durante os tempos difíceis no convento.
Vitória:
Madre, sou eu, Vitória... Preciso falar com a senhora. Algo estranho está acontecendo.
Do outro lado da linha, a voz acolhedora da mãe rapidamente acalmou um pouco do pânico que Vitória sentiu.
Madre Tereza:
Filha, o que houve? Você está bem?
Vitória suspirou, lutando contra as lágrimas.
Vitória:
Eu não sei... Sinto que alguém está me seguindo. E essa sensação... É como se fosse algo do passado voltando para me assombrar.
Houve um breve silêncio antes de Madre Tereza responder, sua voz carregada de preocupaçã