Milene estava sentada em seu carro, estacionada do outro lado da rua, com os olhos fixos na entrada da clínica. A raiva queimava em seu peito enquanto observava Olavo sair, sua expressão leve, algo que ela não via há meses. Ele parecia feliz, e aquilo a deixava ainda mais furiosa. Desde que o conheceu, Milene sempre o quis para si, mas a frieza com que ele tratava suas investidas só aumentava sua obsessão. Agora, havia outra mulher. Ela tinha certeza disso.
Dias observando discretamente os movimentos que ele levou à clínica. Era ali que Olavo passava mais tempo, e Milene não demorou a perceber que a mulher com quem ele estava envolvido trabalhava no mesmo lugar. Sua mente fervia com planos e teorias, todos alimentados pelo ciúme que a consome.
Quando Vitória saiu para tomar um café no final da manhã, Milene que já estava seguindo Vitória e Olavo a seguiu. Ela a seguiu até a cafeteria na esquina e, sem pensar, abordou-a.
Milene: Você é Vitória, não é?
Vitória: Sim, sou eu. Quem é v