39.
A manhã começou movimentada na empresa, como de costume. Reuniões, telefonemas, relatórios — mas, por mais que tentasse, James não conseguia se concentrar totalmente. Seus pensamentos insistiam em voltar para a noite anterior… para o jeito que Lilly sorria, para o toque dos dedos entrelaçados, para o beijo cheio de ternura na garagem.
Foi só quando Fabricio entrou em sua sala, trazendo dois cafés e aquele jeito descontraído de sempre, que James se deu conta de como estava sorrindo feito bobo.
— Bom dia, Romeu — brincou o amigo, entregando a xícara com um olhar curioso. — Ou melhor... boa tarde já, né? Porque esse seu sorriso aí só pode ser culpa de mulher.
James riu e se recostou na cadeira, balançando a cabeça.
— Eu acho que estou mesmo entrando numa fria… ou numa sorte absurda, ainda não sei.
— Fria? — Fabricio sentou-se à frente dele. — Com o jeito que você está, aposto na sorte.
James hesitou por um segundo, depois contou tudo. Falou do jantar, do passeio no parque, do beijo, dos