Vocês dois, Omar está nos esperando na piscina.
Preciso sair daqui. E rápido.
A minha voz sai baixa, quase uma súplica, enquanto me sinto vulnerável, como um animal acuado diante de um predador. Omar hesita por um instante, mas finalmente solta o meu braço. Aproveito o momento para recuar rapidamente, quase correndo em direção à porta. Não olho para trás, mas ouço os seus passos pararem. Ele fica plantado no meio do quarto, provavelmente digerindo o fato de que perdi a paciência e me afastei.
"Deus, que homem arrogante!" penso, com o coração ainda martelando no peito. Omar se recusa a me ouvir. Ele vive preso à sua narrativa, acreditando que Leonardo é uma espécie de vingança pessoal a minha. Dialogar com alguém tão obstinado é inútil.
Ao entrar na sala, avisto Leonardo. Ele está separado do restante do grupo, sozinho, de costas, com os olhos fixos na janela. Meus pais conversam no canto oposto, ignorando completamente a sua presença, como se ele fosse um estranho. A cena me deixa inquieta.
—Leo. — a minha voz sai trêmula, ainda of