Enry
Enquanto aguardo a partida do próximo navio, percebo outras pessoas atrasadas se aproximando. Estou distraído, olhando para o horizonte quando ouço alguém chamar meu nome.
Quando olho na direção da voz, percebo que é minha esposa. Não vejo ninguém ao seu lado, ela está sozinha. Como ela chegou aqui? A que riscos se submeteu para que estivesse na minha frente agora? Meu pai permitiu que ela saísse sozinha? Duvido!
— Naiara!
Ela corre para mim e a seguro firme em meus braços. A saudade é avassaladora e meus lábios atingem os dela com fome.
— Cheguei a achar que não viria — comenta com alívio em sua voz.
— Me falaram que o navio partiria de manhã, não que sairia logo que amanhecesse. Quando cheguei ele já havia partido — explico.
— Recebemos a mensagem de seus irmãos, chegou poucas horas depois de você sair. Eu vim assim que recebi a mensagem. — Ela explica sobre a mensagem dos gêmeos que receberam e estende sua mão e toca em minha face. — Estava preocupada com você. — Seus olhos de