Killan
— Quem vai? — pergunto ao meu irmão que acabou de enviar a mensagem para nosso pai sobre o navio que partirá em breve.
— Eu não sei — responde observando a fila de trabalhadores que estão se colocando a disposição para o dia de hoje. — Vamos tirar na sorte.
Hiran pega uma moeda e segura sobre o punho fechado.
— Cara ou coroa? — pergunta.
— Cara — respondo.
— Então eu sou coroa. O que sair vai se candidatar ao trabalho de hoje — declara e joga a moeda para cima.
Ele a apanha e bate sobre a mão esquerda e revela quem irá se candidatar ao serviço hoje.
— Saiu cara — revela e eu balanço a cabeça em concordância.
— Perfeito, então eu vou e você fica de olho em tudo.
— Não se esqueça de que nosso nome é Hugo.
Aceno em concordância, pois sempre trabalhamos sob um nome falso e o mesmo nome para os dois. A cor dos olhos sempre foi o que fazia as pessoas questionarem por que um dia estava azul e no outro estava preto. Mas já tínhamos uma resposta preparada. Nosso tom de azul era tão escu