Perola Campbell
Acordo com o som estridente do meu despertador, gritando no meu ouvido que o dia já amanheceu e preciso levantar, afinal alguém tem que trabalhar nessa casa, esse alguém é obvio que sou eu.
Escuto batidas fortes na minha porta, que sempre está trancada, impedindo que aquele velho entre enquanto estou dormindo, algo nele me dá calafrios.
— Está atrasada — berra do outro lado da porta.
Gemo frustrada e olho para o relógio, não estou atrasado, esse velho quer apenas me atormentar só pode.
— Vamos Perola, se perder esse emprego vai se ver comigo — ameaça.
Suspiro e enfio a cabeça embaixo do travesseiro, talvez se eu o ignorar ele se cansa e desiste de me perturbar.
— Não se esqueça do que conversamos ontem a noite garota — ele insiste — Nada de garotos para você, só estou cuidando da minha netinha.
Será possível que ele não vai me deixar em paz?
Sento na cama já cem por cento desperta e impaciente, não aguento mais essa vida de cativa e escrava, preciso fugir!
Mas até cons