Harry não estava exagerando. Garotos como ele, com a cabeça cheia de planos e preocupações com o futuro, não se importavam com sentimentos.
Uma semana atrás, se alguém tivesse falado que ele estaria nessa situação, ele teria rido, não, ele teria gargalhado e acusado a pessoa que falou isso de estar sob efeito de alguma droga.
Uma parte de si, a mais racional, dizia para simplesmente deixar Esther ali e seguir o mais longe possível dela. Esquecer a garota e seguir em frente. Mas havia outra parte — a parte que ele estava começando a odiar — que sentia uma necessidade irracional de estar perto dela, de tentar entender o sonho, os sentimentos e os pensamentos insanos que ela havia provocado nele.
Merda, ele estava ferrado.
Harry controlou a vontade de bater com a cabeça no volante ou em qualquer parede, tentando recuperar o controle da sua mente. Talvez fosse o caso de procurar um especialista, fazer terapia ou algo do tipo. Mas o que ele diria? “Oi, eu dormi e sonhei que estava vi