— Um trapaceiro chamando outra trapaceira — Victoria sorri contida — Não há armadilhas desta vez. Estou me adaptando aos caprichos do meu filho mais velho.
A imagem que eu tinha de Victoria era bem definida, uma senhora inflexível e que só cuidava do próprio benefício. O que me faz suspeitar de algo.
— ¿Lorenzo sabe que você está aqui? — pergunto.
— Não aviso Lorenzo de todos os meus movimentos. Este é um ato de bom coração e aceitação — garante — Meus filhos são o que mais prezo.
Ela diz isso último com a língua pensando, já entendi.
— ¿Não conseguiu contestar o testamento e os gêmeos não vão te ajudar, certo? — resolvo com facilidade.
O rosto de Victoria se contorce de aborrecimento. Fico impressionada com o quão expressivo é para o quão estoica ela costuma ser. Parecia que eu tinha acertado.
— Você deve estar gostando disso. Aposto que você e sua mãe vão se achar com o poder de entrar em minhas propriedades para fazer e desfazer, mas não vou deixar — ela fala venenosa — Richard e Ju