—Um quê? — a surpresa me escapa ao ouvir essas palavras; os outros estão igualmente confusos.
—Meu próprio orgulho e ambição não me deixaram ver claramente a grande oportunidade que tínhamos de unir nossas famílias. Mas eu tive uma epifania, provocada por Leonor…
—Aquela velha está morta há séculos… — sussurra Victoria, irada — Até quando ela continuará arruinando minha vida?
—Para unir nossas famílias e, assim, resultar meu primeiro neto, gostaria de deixar meus vinhedos na França. Sua avó e eu éramos amantes de equitação e bons vinhos, seria um belo legado — termina o tabelião — Até aqui você é mencionada, Sara, é uma condição.
Minha boca se abre de choque, Loren nega exausto por causa do pai, Julián começa a rir como se tivesse ouvido a maior estupidez de sua vida. E… temo, concordo com ele.
—Meu marido deixou os vinhedos na França para uma criatura imaginária por ordem de um fantasma? — pergunta Victoria, com os dentes cerrados.
—Assim foi… — o tabelião a olha por cima dos óculos.