— Não podemos ser amigos para sempre, não vou conseguir te suportar para sempre.
A irritação acende em meus olhos, olho para ele exigindo que faça o que deve fazer. Ele morde os lábios disfarçando seu sorriso e, com ar cansado, coloca a mão no peito.
— Eu, Lorenzo Lewis, prometo que seremos amigos até que...
— Até que? — pergunto confusa.
— Crescermos — diz desanimado.
Não resisto, dou um empurrão no ombro dele que quase o faz cair no chão.
— Por que você tem que dizer essas coisas, seu bobo?!
— Porque é o que vai acontecer! Nossas famílias são inimigas. Só nos deixam ficar juntos porque ainda somos crianças. Quando crescermos...
— Bobagens! Uma amizade de verdade nunca acaba! Ser amigos é como... — me ocorre — estar casados.
As bochechas de Lorenzo ficam muito vermelhas. Tão vermelhas que me preocupo se ele está com febre. Tento tocá-lo, mas ele se afasta de mim e abraça os joelhos.
— Agora você quer se casar comigo? Quem fala bobagens é você.
— É bobagem o que acabei de dizer? As pes