— Aqui vem, aqui vem — anuncia a médica tirando a bebê.
Imediatamente na sala de parto se ouve o choro da nossa filha. A mudança de expressão de Marianne é impressionante, suas feições se aliviam e sua respiração se torna normal. Embora seu alívio acabe quando colocam a bebê em seu peito nu.
— Olá, meu tesouro. Tudo ficará bem, mamãe está aqui — recita ela deixando as lágrimas saírem, nesse momento a bebê para de chorar.
Enquanto uma enfermeira limpa a bebê como pode ainda sobre Marianne e a médica me pergunta se quero cortar o cordão umbilical, ao que me recuso, sinto que não pertenço a este lugar. Tudo me parece um contrassenso.
— Quer conhecer o papai? Olha, ele está ali... — Marianne fala com a menina.
Sem que me peçam e sem poder recusar, a enfermeira pega a bebê e a passa para mim. Me vejo obrigado a carregar esta menina que de alguma forma eu ajudei a fazer em uma bebedeira. Fico olhando para ela estranhamente e ela fica olhando estranhamente para mim.
— Por que ela está me olha