Ela não acredita em mim quando me ouve. Mas minha cara de culpa, vergonha e dor a convence. Eu não costumava mentir, não sobre essas coisas.
—Não acredito. Você está mentindo.
—O que eu mais queria era estar morta? Não estou — me lamento.
—Ele te reconheceu? O que ele disse sobre isso? Vocês poderiam ter conversado! — quer saber agitada.
—Não tive nem uma chance de me esconder. Ele me reconheceu na hora. Pediu para falar comigo a sós, para me entregar o projeto e para... insinuar que sabia quem eu era.
—O que você respondeu?!
—Fingi não conhecê-lo. Ele não gritou ou me ofendeu diretamente, mas disse em poucas palavras que acreditava que eu estava negando para tirar algum proveito mais adiante. Que eu sabia que ele compraria a empresa e usei isso a meu favor. Me chamou de interesseira — explico o motivo da minha amargura.
—Que falta de respeito da parte dele — se ofende como se tivessem dito isso a ela.
—Foi mesmo. Ele não podia ser mais cavalheiro comigo, não é? Que tal me acordar ante