Felipa
Olho novamente a caixa sobre minha cama. Foi mandada por ele. Tia Joyce disse que o entregador veio bem cedinho.
— Não vaia abrir? — a voz da Lana, minha colega de quarto, me tira do transe. Ela se ofereceu para vir comigo visitar meus tios. O que não é novidade porque quem prova da comida da Joyce sempre se apaixona.
Abro a caixa e encontro um vestido branco. Ao tirá-lo da caixa vejo que é curto e tem alguns detalhes em renda, além de mangas curtas.
— Caralho! Lindo! — ela exclama. — Tem um cartão — completa.
Deixo a curiosa segurar o vestido e pego o cartão.
“Use-o e esteja na empresa às 14hs, vamos nos casar hoje no cartório.”
— Casar? — a curiosa ler por trás dos meus ombros. — Como assim?
— É uma longa história... que só vou te contar depois que casar para não dar azar.
— Sua bruxa cruel! — Lana senta na cama e analisa o tecido do vestido. — Parece caro. Ele é rico?
— Muito. O bastante para eu achar que estou sonhando.
— Se está sonhando, eu também estou. E nem ouse me aco