Felipa
O carro para diante da mansão, logo o portão é aberto e o motorista continua dirigindo.
Apesar de Vincent ter me visitado no hospital todos os dias e meus tios terem confirmado sua história sobre a vagabunda da Gabrielle, me sinto estranha entrando aqui. Ainda mais estranha quando entro no quarto das meninas, no qual nada fui eu que coloquei.
Fiquei no hospital até o dia em que elas foram liberadas. Saímos juntas, claro que rodeadas de amigos babões.
Passo o dia recebendo visitas. Os pais de Vincent acabaram de sair.
Mal percebo que estou cochilando no sofá quando meu marido me pega no colo.
— O que está fazendo? — murmuro sonolenta.
— Acabou de dar a luz a gêmeas, não pode dormir aqui.
Não reclamo, deixo que ele me leve escada acima, até perceber que está passando direto do meu quarto.
— Onde está me levando?
— Ao nosso quarto.
— Nosso?
— Nosso, senhora Escobar. Deixa de ser teimosa e aceita que nos amamos e vamos viver juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, at