O silêncio era pesado, quase sufocante. As paredes do quarto pareciam se fechar ao meu redor, enquanto a lua cheia iluminava a janela, lançando sombras prateadas pelo chão de madeira. Eu estava sozinha há dias.

Minha transformação tinha sido violenta. Meu corpo ainda se lembrava da dor, da sensação de algo se quebrando dentro de mim para dar lugar a algo novo. Algo que eu ainda não compreendia completamente. Meu lobo.

O isolamento não era uma escolha, mas uma necessidade. Madeleine me explicou que um lobo recém-transformado precisa aprender a controlar as emoções, ou tudo pode se perder em um frenesi de instinto e caos. O medo, a raiva, a tristeza—qualquer uma dessas emoções poderia ser suficiente para me empurrar de volta àquela selvageria incontrolável.

E eu sentia todas elas.

A desconfiança ainda queimava dentro de mim. Depois daquilo que encontrei no diário da minha mãe, não conseguia parar de questionar tudo ao meu redor. Principalmente Mason.

Ele não negou que arquitetou minha v