No hospital onde a sogra está internada, Daniela está escorada com a cabeça no canto da parede. Seus olhos estão fechados, tentando conter o choro após escutar tudo o que a filha acabou de lhe contar. Cada detalhe que Marina lhe confidenciou foi como uma faca lhe perfurando gradualmente, dilacerando os seus órgãos lentamente.
— Mãe… — Marina se levanta, se aproximando da mãe pelas costas. — Eu disse que seria sincera com a senhora.
— Eu sei — responde Daniela, com a voz trêmula. — Jamais imaginei que estaria passando por isso.
— Nem eu, imaginei que passaria — confessa, tocando as costas da mãe. — O que a Andressa fez comigo acabou com tudo o que eu acreditava sobre amizade.
— Eu te disse que não confiava nela — murmura.
— Eu sei… mesmo assim, de tudo o que a senhora me disse, jamais imaginei que ela chegaria a esse ponto.
— Espero que aquela desgraçada pague caro por isso.
— Acredito que ela pagará, mãe, mas não é com isso que estou preocupada agora — revela.
Lentamente, Daniela se v